Quando se fala em deficiência auditiva, muitas pessoas pensam automaticamente em surdez total. Pensa em alguém que já não ouve nada e está completamente dependente de gestos ou aparelhos. Mas sabias que a perda de audição tem várias formas e graus? Que, para alguns, é principalmente a falta de sons agudos, enquanto outros têm dificuldade em compreender no ruído?
Neste blogue, explicamos porque é que a perda de audição não é o mesmo que ser surdo e porque é importante reconhecer essa diferença. Tanto para as pessoas que sofrem de perda auditiva como para as que as rodeiam.
Perda de audição: um conceito amplo
A perda auditiva é um termo genérico que designa uma deficiência auditiva (parcial). Esta pode manifestar-se de diferentes formas:
- Dificuldade de compreensão na empresa
- Não ouve sons agudos, como os de pássaros ou vozes de crianças
- Ter de aumentar o volume da televisão
- Perde conversas em ambientes ruidosos
- Sensação de tédio ou plenitude num ou em ambos os ouvidos
Em muitos casos, as pessoas ainda conseguem ouvir, mas não o suficiente para acompanhar corretamente as conversas - especialmente quando há ruído de fundo ou quando as pessoas falam baixinho. Isto pode ser muito cansativo e levar a mal-entendidos ou ao afastamento social.
Surdez: não ouves nada ou quase nada
A surdez significa normalmente que uma pessoa não ouve (quase) nada, mesmo com um aparelho auditivo. Algumas pessoas nascem surdas, outras perdem a audição devido a doença, medicação ou danos. Muitas pessoas surdas utilizam a linguagem gestual ou a leitura oral para comunicar.
Portanto, há uma grande diferença entre uma pessoa com perda auditiva grave e uma pessoa surda. E essa diferença é importante - não só do ponto de vista médico, mas também social.
“Mas estás a ouvir-me, certo?”
As pessoas com perda auditiva enfrentam frequentemente mal-entendidos. “Consegues ouvir quando estou atrás de ti”, ou “Acabaste de ouvir a campainha da porta”. Mas a perda de audição não é muitas vezes uma questão de tudo ou nada. Algumas pessoas ainda ouvem bem os tons baixos, mas não ouvem as frequências da fala. Outros só ouvem sons quando estão próximos e altos. Isto torna as coisas confusas para os que estão à sua volta - e frustrantes para a própria pessoa.
Compara-o com os óculos de lentes turvas. Ainda consegues ver alguma coisa, mas os detalhes desapareceram. Por vezes parece que vês bem - mas isso é porque tens luz ou contraste suficientes. Funciona da mesma forma com a perda de audição.
O impacto da perda de audição
As pessoas com uma audição mais fraca têm de se esforçar mais para acompanhar as conversas. Isto exige muita concentração e energia. Chamamos a isto esforço auditivo. Resultado: cansaço mais rápido, irritabilidade ou dificuldade em situações sociais longas. E como nem toda a gente nota a tua perda de audição, as pessoas rapidamente pensam que estás desinteressado - ou simplesmente que não estás a prestar atenção.
É por isso que muitas pessoas se retiram. Não porque não queiram participar, mas porque a escuta os cansa. Ou porque têm medo de não perceber alguma coisa. Isto causa por vezes problemas sociais injustificados ou solidão.
A perda de audição é invisível
Uma diferença importante entre a perda de audição e a surdez é a visibilidade. Uma pessoa surda utiliza frequentemente linguagem gestual ou aparelhos e está consciente da sua situação. A perda de audição, por outro lado, é muitas vezes invisível. Muitas pessoas sofrem com ela durante muito tempo sem procurar ajuda - em média, até sete anos!
Isto deve-se em parte ao embaraço (“Não quero um aparelho auditivo”), mas também porque a perda de audição ocorre gradualmente. Habituas-te a ela. Até que, de repente, reparas que não consegues ouvir a campainha da porta. Ou que já não consegues entender bem os netos.
Porque é que uma boa conversa ajuda
A comunicação aberta é fundamental. Queres saber se alguém tem perda de audição? Então pergunta com calma. E tu próprio tens essa experiência? Sê honesto com as pessoas que te rodeiam. Muitas pessoas estão dispostas a considerar a tua audição - se souberem que algo se passa.
Dicas para a zona:
- Fala claramente, mas não exageres
- Olha para alguém quando falas
- Evita conversas ou escolhe um lugar calmo
- Repete ou resume sem irritação
Para quem sofre de perda de audição:
- Indica-o (por exemplo, “Não te ouço bem, podes repetir?”)
- Considera um teste de audição ou um aparelho auditivo
- Procura ajudas práticas, como telefones com legendas ou teleloops
Perda auditiva e aparelhos: muito é possível
Graças aos avanços tecnológicos, hoje em dia é possível fazer muita coisa. Os aparelhos auditivos são pequenos, potentes e muitas vezes pouco visíveis. Também existem amplificadores auditivos como solução provisória, ou aparelhos para a televisão, telefone ou conversas em grupo.
Tens dúvidas sobre os aparelhos auditivos? Não és o único. Mas lembra-te: um aparelho auditivo não te torna velho ou diferente - na verdade, devolve-te a liberdade. Tal como os óculos melhoram a tua visão, um aparelho auditivo reforça a tua ligação ao mundo que te rodeia.
Resumo
A perda de audição não é o mesmo que ser surdo. É muitas vezes invisível, insidiosa e confusa - tanto para a própria pessoa como para os que a rodeiam. No entanto, muito é possível com os aparelhos certos, ajustamentos e uma comunicação aberta.
Sentes que a tua audição está a piorar ou notas isso em alguém próximo de ti? Leva isso a sério. Porque ouvir bem significa também poder participar bem.
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